Teve um tempo em que
andou apanhadinho, quase fan-fan, pelo som Motown.
Em tempos colocou, aqui, um BestMotown e lamentava que os antologiadores tenham deixado de fora
duas canções de Syreeta e do Billy Preston: A
Long And Lasting Love e What We Did
For Love.
É este o disco, uma capa, simplesmente, horrorosa.
Para encontrar o disco foi uma carga de trabalhos.
Praticamente já dele se esquecera quando o encontrou na Grande Feira do Disco, na
Rua Forno de Tijolo, estava a casa a dar as últimas.
De 1973 a 1977, Billy Preston, nos teclados, fez parte dos Rolling Stones.
Keith Richards manifesta a opinião de que ele trouxera aos Stones um novo som.
As coisas corriam bem em estúdio mas, ao vivo, o Billy não ficava
descansado enquanto não punha o selo bem escarrapachado em cada canção.
Uma noite, em Glasgow, tocava tão alto que abafava o resto da banda.
Keith chamou-o aos bastidores, mostrou-lhe a naifa e disse: Sabes o que
é isto, Bill? Caro William, se não baixas imediatamente o volume dessa merda,
vais conhecê-la de perto. Isto não é um concerto dos Rolling Stones e do Billy
Preston. Tu és o teclista dos Rolling Stones.
Em Life, Keith Richards, conta o
resto da história:
O Billy morreu de complicações provocadas por todo o tipo de excessos, em
2006. Não tinha de ser assim; ele bem podia ter continuado em espiral
ascendente. Tinha todo o talento do mundo. Talvez estivesse no meio há
demasiado tempo; tinha começado muito novo. Era gay numa altura em que ninguém
o podia ser abertamente, o que lhe trouxe dificuldades acrescidas. A maior
parte das vezes o Billy era de matar a rir, mas às vezes também se passava. Uma
vez, num elevador, tive de o impedir de dar porrada ao namorado. «Billy ou te
acalmas ou rasgo-te a peruca.» Ele usava aquela peruca afro enorme e ridícula,
quando o seu cabelo natural, que fazia lembrar o Billy Eckstine, não lhe ficava
nada mal.»
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
BILY PRESTON & SYREETA
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