Há um pequeno
texto de Jorge Listopad, provavelmente publicado no JL, não encontro a
data, muito bonito e em louvor das máquinas de escrever. Acredito que muito boa
agente desconheça do que se trata:
Tinha um vizinho desconhecido. Mas ouvia-o a escrever
à máquina às mais variadas horas nocturnas. Agora reina o silêncio. Pergunto:
morreu? Foi raptado? Mudou-se? Comprou um computador?
Seja como for, celebro a memória daquela máquina de
escrever, desconhecida.
Sabe-se que
Fernando Assis Pacheco, uma das muitas suas imagens de marca, martelava o
teclado da sua máquina de escrever HCESAR, apenas com o dedo indicador da mão
direita e que se perguntava a Augusto Abelaira por que é que ele demorava tanto
tempo a publicar um livro:
É que eu escrevo
à mão e depois passo à máquina. Só que depois de uma primeira passagem à
máquina vêm as modificações. Então é preciso passar tudo de novo à máquina.
Um dia hei-de
falar da minha máquina de escrever, também uma HCESAR.
Está ali,
naquele canto, a olhar…
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