Quando acordou, disposto a continuar a (des)governar o País, Pedro Passos Coelho ficou a saber que durante a noite das eleições, António Costa mostrou-se, apesar de vencido,
disposto a formar governo.
Jerónimo de Sousa acrescentou que o Partido Socialista «só
não será governo se não quiser».
Aconteceu, então, um governo.
Paulo Portas, torcendo-se todo de humor e raiva,
chamou-lhe «geringonça».
Cavalgava a geringonça pelos campos fora e Pedro Passos
Coelho apressou-se a dizer que «o diabo há-de chegar».
Não apareceu, perdendo por falta de comparência.
Até porque, segundo dizem, o diabo não existe.
Deus também não.
São ambos construções do homem.
Dizem também.
Mas soube-se, agora, que Luís Montenegro, Paulo Rangel,
Miguel Pinto da Luz, mais uns quantos, anseiam
para que Pedro Passos Coelho regresse à política e venha salvar a Pátria do
Covid-19, do António Costa.
Eles vão rezando e fazendo figas para que esse regresso aconteça.
4 comentários:
Perdeu foi o cabelo pelo caminho, Sammy. :)
A direita sempre precisou mais de um "paizinho" que a esquerda (de Salazar a Cavaco, venha o diabo e escolha).
De vez enquanto lá ficam "órfãos"... mas detestam padrastos como o Rio. :)
Que trio mais sinistro...
Perdeu o cabelo e, acima de tudo, a vergonha... se é que ele saiba o que isso é...
Se o governo de centro-esquerda tivesse ministros de outro gabarito político, e não só, aquela gente teria mais dificuldades em subir ao poleiro. A ministra da cultura, da agricultura, o ministro da administração interna, não lembram ao careca, como diria o professor Marcelo nas conversas em família que aos domingos tinha na TVI.
E, caro Luís, gostei da frase que mete órfãos e o padrasto Rio.
Sim, Seve, são sinistros.
E não aparecem só em trio porque aquilo são diversas orquestras...
Se há uns anos atrás não surgisse a geringonça, estaríamos em muito pior situação de que a que vivemos, que não é nada brilhante e nem tudo é por causa da pandemia.
Nunca tive o dom de acreditar em milagres, e agora que o Fevereiro, o mais ignorado dos meses, como diz a Patti Smith está prestes a partir, apenas me resta, o que faço sempre há já uns largos anos, esperar pela chegada da Primavera, que chega, mas nunca ao meu gosto.
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