O jornal Público está a publicar, em edição
fac-símile, 10 obras de de autoras portuguesas que a PIDE censurou e proibiu.
O Vinho e a Lira de Natália Correia, distribuído em 6 de Junho de 1966, ao leitor Joaquim Palhares, mereceu a inicial observação de que aos serviços censórios não cabia a função de apreciar literariamente a obra, antes havia que «proteger os portugueses de ideias e expressões eróticas, imorais, algumas expressas em termos escatológicos e insinuações de ordem política com tendência dissolvente, o que é suficiente para se propor a sua proibição e circulação no país.»
A indignação do leitor Palhares, depois de declarar o valor nulo da obra, invoca o desplante da gente que edita este tipo de livros anti-sociais e opina que, a seu ver, esta gente seria merecedora de uma severa punição.
Este livro, composto por 43 poemas, foi proibido pela PIDE e tornou-se na quarta obra de Natália Correia a ser censurada e proibida.
No dia 30 de Abril
saiu Novas Cartas Portuguesas de
Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa, no dia 7 de
Maio este O Vinho e a Lira de Natália
Correia e no dia 14 de Maio Casa Sem Pão
de Maria Archer.
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