De
bolsos vazios
e alma
cheia,
sapatos
na lama,
mas, um
pormenor:
o falcão
em mim
pelos
ares me leva.
Silêncio
e solidão
se
instalaram nesta
casa.
Assim sendo,
só mais
um pormenor:
são na
subida os ares
tão
frios quão na queda.
Doravante
nenhum
golpe de
sorte,
cuidarei
eu das plantas.
Doravante,
a estrada
estreita,
as raízes
se
tornam aéreas.
O gato
terá seu pires
de leite
e a serradura
mudada...
Ou não:
serei eu
inútil
no
sonho-fantasma
em
cadeira de baloiço.
Não te
rales,
camarada,
te dou
minha
mão,
seguiremos
juntos
por todo
o tempo
que
vivermos.
Mesmo
nada sabendo
do voo
ou dos ventos
comigo
te levo
camarada,
e juntos
bateremos
sola:
ofício
de treva.
Dinamicamente
resolveremos
o dilema
e o
paradoxo
da noite
perene;
que seja
essa
a nossa
leveza.
Dinamicamente,
por
sobre
o arame
farpado,
passaremos
nosso
labor.
Paulo da Costa Domingos em Versos Abrasileirados
1 comentário:
LINDÍSSIMO
.
Cumprimentos poéticos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
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