Pedro Adão e Silva, hoje, no Público:
«Nos últimos dias, um vídeo no qual se vê Kamala Harris à saída de uma loja de discos de saco de papel na mão, a esconder alguns vinis, viralizou. Instada por jornalistas a declarar o que trazia no saco, Kamala não hesita e, de sorriso rasgado, vai retirando os discos um a um: “Charles Mingus, um dos maiores intérpretes de jazz de sempre. Um dos meus álbuns preferidos, de Roy Ayers, Everybody Loves the Sunshine. Conhecem? É tão bom, um clássico. E Porgy and Bess, e este é muito bonito, é a versão da Ella Fitzgerald e do Louis Armstrong.”».
2 comentários:
(Caro Sammy, publiquei um texto e uma imagem sua no meu "Olha o Tejo", com a devida vénia)
abraço
Pelo menos um obrigado deveria ter deixado neste comentário/mensagem que o Luís aqui deixou.
Mas tem estas coisas parvas que, volta e meia, lhe acontecem e a idade não trazem emenda, tão pouco qualquer explicação.
Acontece que esta fotografia que o Luís colocou no seu «Cais do Ginjal» o deixou completamente desarmado.
Não é de lágrima fácil mas, caramba!, assim ficou.
Tem uma ternura muito especial por esta fotografia porque esta era uma das vistas que alcançava desde a água-furtada, na Rua Senhora do Monte, mesmo esquina com o bairro «Estrela D’Ouro», onde a avó paterna vivia e onde passava alguns fins-de-semana e onde agora, dizem-lhe, quase se não consegue passar devido à invasão de turistas e tuk-tuks.
Dias em que percorria a velha Graça, e a avó nem lhe dizia para ter cuidados, cheia de lojinhas de pequeno comércio que foram desaparecendo, ainda o Cinema Royal, a Vila Sousa, a Vila Berta, o Clube Maria Pia, onde se jogava, ao ar livre, basquetebol, hóquei em patins e, principalmente ficava a olhar para uma pequeníssima tipografia que imprimia cartões de visita e folhetos de publicidade.
O Zé Gomes Ferreira diz-nos para só ter saudades do futuro mas eu tenho uma imensa saudade daquela Lisboa da minha meninice, talvez seja um exagero dizê-lo, mas amo essa cidade acima de todas as coisas.
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