Os Nus e os Mortos de Norman Mailer.
Um grande livro.
Um bom começo:
«Ninguém podia dormir. Mal rompesse a manhã as lanchas de assalto seriam lançadas ao mar e a primeira vaga de tropas cavalgaria a rebentação e atacaria as praias de Anopopei. Em todo o comboio, em cada um dos barcos, os homens sabiam que dentro de poucas horas muitos deles estariam mortos.»
É verdade que
são 703 páginas na edição do Círculo de Leitores mas terá que ser lido.
Deste livro Raoul Walsh fez um filme em mas o livro é que vale a pena.
Tudo se
desenrola em torno de uma operação militar no Pacífico, durante a 2ª Guerra
Mundial, onde um pelotão é alternadamente comandado por dois homens
absolutamente distintos e inconciliáveis: um jovem tenente, culto, idealista e
liberal e um sargento duro, intransigente, sádico e frustrado. Um violento
choque de concepções antagónicas de comandar homens num teatro de guerra que
demonstra a impossibilidade da coexistência do humanismo com a sobrevivência.
António Neves Pedro, o tradutor, numa pequena nota, avisa-nos para a linguagem descarnada sem artifícios literários, no fundo, uma tradução dificílima
Para que conste:
«Todas as personagens e incidentes descritos neste romance são pura ficção, e qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é simples coincidência.»
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