Há dias, no
Público escrevia José Pacheco Pereira:
«Trump poderá
ter a legitimidade para governar, mas não tem legitimidade para fazer o que
quiser, para se substituir à lei e à Constituição, actuar como um ditador
pessoal, que está acima da lei, e ser “ditador por um dia”, vingar-se dos seus
adversários e entender a sua imunidade como podendo matar alguém em plena 5.ª
Avenida, como uma vez afirmou. Mas, quando se apresenta um homem como sendo a
mão terrestre de Deus, a pressão sobre a democracia é global, porque a vontade
do ungido é que é a lei. O que vale a democracia quando é a mão de Deus que
está a actuar?»
Trump, se for
eleito presidente, fará o que quiser.
Tal, como em recente comício no Milwaukee, disse:
“Façam as malas já e voltem aos vossos países”!
Os últimos dados oficiais compilados pelo Pew Research Center, que datam de 2021, apontavam para a presença de 10 milhões de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos, dos quais 39% eram oriundos do México e cerca de 20% de El Salvador, Honduras e Guatemala. Posteriormente, o Departamento de Segurança Interna registou cerca de sete milhões de entradas irregulares até 2023, número que não corresponde necessariamente a situações de permanência no país. Sem dados oficiais actualizados, um número repetido dentro e fora da convenção pelos republicanos é de 20 milhões de pessoas a viver irregularmente nos EUA, cuja população total era de 334 milhões de pessoas em 2023.
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