Os canais televisivos de notícias despacharam a notícia da morte de
Fausto em 5/10 segundos.
O resto do noticiário estendeu-se durante largos
minutos pelo futebol, pelo jogo da selecção logo à noite, em Frankfurt, para o
Euro 2024.
Ainda lá estão com os adeptos à porta do Hotel para
incentivar os jogadores a repetirem as frases patrióticas de sempre, que vamos
ganhar e o Ronaldo, finalmente, vai marcar.
Há dias colocámos num «Postal Sem Selo», uma velha
frase do Filipe Vicente:
Acabaram com a
agricultura, com o tintol a martelo, com as morcelas caseiras, com o tabaco nos
restaurantes, com o escudo, com a frota pesqueira, com o Aquilino nas escolas,
com a tropa obrigatória. Agora espantam-se porque o povo só se sente patriota
com a selecção? Pensassem nisso antes.
Em
tempo:
Nas lamentações várias da
morte do Fausto, refere-se outros cantoautores como José Mário Branco, José
Afonso, Sérgio Godinho, nunca o Adriano Correia de Oliveira.
Veja-se o site da Presidência da República («Fausto pertencia a uma constelação de músicos que traduziu para as canções de intervenção o sentimento do povo português, e é por isso inevitável associar o nome de Fausto aos nomes maiores da música portuguesa, como José Afonso, José Mário Branco ou Sérgio Godinho.»).
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