segunda-feira, 1 de julho de 2024

NOTÍCIAS DO CIRCO

Os canais televisivos de  notícias despacharam a notícia da morte de Fausto em 5/10 segundos.

O resto do noticiário estendeu-se durante largos minutos pelo futebol, pelo jogo da selecção logo à noite, em Frankfurt, para o Euro 2024.

Ainda lá estão com os adeptos à porta do Hotel para incentivar os jogadores a repetirem as frases patrióticas de sempre, que vamos ganhar e o Ronaldo, finalmente, vai marcar.

Há dias colocámos num «Postal Sem Selo», uma velha frase do Filipe Vicente:

Acabaram com a agricultura, com o tintol a martelo, com as morcelas caseiras, com o tabaco nos restaurantes, com o escudo, com a frota pesqueira, com o Aquilino nas escolas, com a tropa obrigatória. Agora espantam-se porque o povo só se sente patriota com a selecção? Pensassem nisso antes.

Em tempo:

Nas lamentações várias da morte do Fausto, refere-se outros cantoautores como José Mário Branco, José Afonso, Sérgio Godinho, nunca o Adriano Correia de Oliveira.

Veja-se o site da Presidência da República («Fausto pertencia a uma constelação de músicos que traduziu para as canções de intervenção o sentimento do povo português, e é por isso inevitável associar o nome de Fausto aos nomes maiores da música portuguesa, como José Afonso, José Mário Branco ou Sérgio Godinho.»).

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