Gosto tanto de Gabriel García Marquez!
Aquele
começo de Cem Anos de Solidão!...
Gosto da capa deste livro de Gabriel García Marquez e eu que tanto gosto de capas,
fico impossibilitado de saber o autor. Esse monstro chamado Leya onde as
Publicações Dom Quixote e outras estimadas editoras, estão alojadas, entende
que isso não é importante.
Importante
é o dinheirinho!
Uma mulher, Ana Magdalena Bach, de seu nome, casada, filhos, por Agosto, solitariamente, aporta a uma ilha do Caribe em que está sepultada sua mãe.
Visita a campa onde sempre deixa um ramo de gladíolos.
Nas
noites quentes da ilha senta-se no bar do hotel onde se hospedou, até que um
qualquer alguém aparece, convida-a para uma bebida, ela bebe sempre um gin,
trava conversa, os variados enigmas da solidão no crepúsculo da vida, enquanto uma mulata canta a audácia serena de um bolero e Ana
sente no peito o esvoaçar de borboletas.
Em
cada regresso a casa acaba por desvendar o motivo de a mãe ter escolhido aquela
ilha e ali ser enterrada.
Gabo nunca completou a revisão final e nas margens dos rascunhos, deixou a nota: «Este livro não presta. É preciso destruí-lo».
Saramago nunca completou «Alabardas», provavelmente não deixou nenhuma nota sobre a publicação das páginas já escritas. Pilar del Rio entendeu que, apesar de tudo, deveriam ser publicadas.
Há
quem defenda que originais não concluídos e devidamente afinados pelos seus
autores, não deveriam ser publicados.
Não estou muito de acordo e acrescento que, no tocante a alguns autores, como por exemplo, Gabriel García Márquez e José Saramago, não serão prosas em estado puro mas saberemos que, muito dificilmente, encontraremos fruta tocada por falta de jardineiro.
1 comentário:
Gabriel Garcia Marquez e José Saramago são efectivamente dois grandes vultos da Literatura e, não sei porquê, na sua escrita têem algo de comum.
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