No fim do primeiro ano do "ciclo", alguns colegas abandonaram
a escola para não voltar. Nós podíamos continuar a estudar, mas eles não. Foram
trabalhar para "o campo", ajudar os pais na agricultura. Foi uma
coisa estranha, mas depois percebi que era "normal". Acontecia porque
os pais precisavam da ajuda dos filhos e não tinham dinheiro para a escola.
Quando Passos decide tornar permanentes os cortes aos pensionistas e aos
funcionários públicos, institucionalizando um assalto - justificado pelos
privilegiados jovens arautos da JSD com a "justiça geracional" -,
esquece toda a história recente de Portugal. Os reformados de hoje apanharam um
país repressivo, ditatorial e terceiro-mundista e deram- -nos outra coisa. Em
troca, Passos quer devolvê-los ao sítio de onde vieram.
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