sábado, 3 de abril de 2021

O TURISMO RELIGIOSO


Voltamos a viver uma Páscoa em confinamento.

O primeiro-ministro falou de as famílias não se juntarem no tradicional almoço de Domingo de Páscoa.

A Igreja tem outras preocupações e volta-se para a crise que a pandemia instalou no Santuário de Fátima. Eles chamam-lhe turismo religioso, eu, que não sou de igrejas, chamo-lhe outra coisa.

As entidades religiosas vão agora dedicar as suas orações para que a visita papal, agendada para 2023, lhes traga algumas moedas aos depauperados cofres. Ao mesmo tempo a Associação Empresarial Ourém-Fátima apelou ao governo para que lhes conceda um alívio fiscal porque «está-se numa situação contínua do estado de emergência. A quase totalidade dos hotéis está fechada. A grande maioria do comércio está encerrado, porque não justifica estarem abertos. Não há movimento. Por tudo isto, Fátima está a ser mais afectada por esta pandemia.»

Frei Bento Domingues, na sua crónica dominical no Público de 7 de Março, propunha uma leitura do Evangelho segundo S. João:

«Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas nos seus postos. Então, fazendo um chicote de cordas, expulsou-os a todos do templo com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas pelo chão e derrubou-lhes as mesas; e aos que vendiam pombas disse-lhes: “Tirai isso daqui. Não façais da Casa do meu Pai uma feira.”»

1 comentário: