Falta uma semana para que
aconteça o 25 de Abril de 1974.
Neste dia 19 de Abril de 1974, o chefe de estado, o governo
de Marcelo Caetano, prosseguem as rotinas das suas governações. Esta imagem,
tirada do Notícias de Portugal, mostra as visitas que membros do governo,
governadores civis e outras gentes, fizeram a Américo Tomás.
1.
O ministro do interior César
Moreira Baptista deslocou-se ao Porto para a tomada de posse do Governador Civil.
No corpo da notícia, publicada por O Século, uma fotografia com a
seguinte legenda:
«Para a sua primeira deslocação ao Porto como ministro do Interior, o dr. César
Moreira Baptista escolheu mais democrático dos meios de transporte ao seu
alcance: o comboio. Como um vulgar passageiro embarcou, no rápido das 8 e 40 em
Santa Apolónia e, ora entretido na leitura, ora contemplando a paisagem através
das amplas “vidraças” da carruagem, “venceu, a distância, chegando ao Porto à
hora do almoço, para, durante a tarde e a noite cumprir o programa oficial que
ali o aguardava.»
2.
A censura determinava para os jornais que eram proibidas todas as notícias a
dizer «Traineiras não foram para o mar.»
3.
O Presidente da República Américo Tomás visita a Barragem da Aguieira.
4.
O ministro do Ultramar Baltasar Rebelo de Sousa, ao despedir-se de um grupo de
alunas do Instituto de Odivelas que se preparava para visitar Angola,
garantiu-lhe que naquelas terras se sentiriam ainda mais portuguesas perante
a lição de patriotismo que as populações de todas as etnias lhes vão
proporcionar, pela comunhão humana que ali se respira e pelo entusiasmo
galvanizante de todos, especialmente da sua generosa e promissora juventude.
5.
Numa reportagem na Praça de Alcântara o jornalista do Diário de Lisboa
registava as queixas de uma florista que cada vez se vendiam menos flores. Só
nos sábados é que as pessoas compram um raminho para alindar as casas. As
rosas vermelhas estavam a 25 escudos e os cravos, de qualquer cor, a 20
escudos.
6.
Neste dia, Diniszde Almeida no seu livro Origens e Evolução do Movimento dos Capitães:
Acompanhado do capitão Almeida Pereira, dirigi-me ao C.I.C.A, 4 onde contactei
o major Borges.
Posto ao corrente da situação, não aderiu, embora se comprometesse inclusive a
colaborar passivamente em tudo o que não o comprometesse directamente.
7.
Com regularidade, ouvíamos os
velhos discos que davam conta de lutas e esperança.
Quantas vezes tocou este EP do
Manuel Freire, editado em 1968 pela Tagus , principalmente Livre, poema
de Carlos de Oliveira: Não há machado que corte a raiz ao pensamento?
Sem comentários:
Enviar um comentário