Pus o meu irmão
debaixo da Terra
Porque desde ontem o meu irmão não falava mais
E não queria comer, não queria limpar a Kalashnikoff
Com os olhos muito abertos e leves de sono.
Este meu irmão ficou ontem muito diferente
Quando uma pequena ave imperialista
Um simples assobio cego e sem penas
Que vinha voando do outro lado da Alegria
Resolveu estupidamente ninhar naquele coração
Quando meu irmão estava mesmo na metade mesmo
De um passo, Camarada Comandante.
Está aqui tudo o que não era meu irmão
O cinturão, o camuflado, dois carregadores, a arma boa
O bornal, o cantil, o facão, esta pequena moeda estrangeira.
Está tudo em muito perfeito estado de conservação.
Faz favor dá Ordem para pôr dentro outro Irmão
Camarada Comandante.
João Pedro Grabato Dias ver Frenesi Loja
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