As Férias de Poirot
Agatha Christie
Tradução: Fernanda Pinto
Rodrigues
Capa: Lima de Freitas
Colecção Vampiro nº 247
Livros do Brasil, Lisboa s/d
Quando, em 1782, o capitão Roger Angmering construiu uma casa na ilha
ao largo de Leathercombe Bay, a sua ideia foi considerada o cúmulo da
excentricidade. Um homem de boa família como ele, devia ter uma mansão decente,
erguida num vasto prado que tivesse, se possível, um rio e bons pastos. Mas o
capitão Roger Angmering tinha um único e grande amor: o mar. Por isso construiu
a sua casa – uma casa resistente e sólida, como não podia deixar de ser naquele
pequeno promontório varrido pelos ventos e habitado por gaivotas – num ponto
que ficava sem comunicação com a terra a cada maré-cheia. Não se casou, o mar
foi a sua primeira e última esposa, e por sua morte a casa e a ilha passaram
para um primo distante. Tanto este como os seus descendentes pouca importância
atribuíram à herança, enquanto as terras que possuíam minguavam e os seus
herdeiros empobreciam irremediavelmente.
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