O Caso da Dactilógrafa Aterrada
Erle Stanley Gardner
Tradução: Fernanda Pinto
Rodrigues
Capa: Lima de Freitas
Colecção Vampiro nº 265
Livrios do Brasil, Lisboa s/d
Perry Mason olhava o recurso que Jackson, o seu escriturário,
submetera à sua aprovação.
Della Street, sentada do outro lado da secretária, interpretou
correctamente a expressão do advogado.
- Que está errado?
- Diversas coisas – respondeu-lhe Mason. – Para começar, tive de o
encurtar, de 96 páginas para 32.
- Meu Deus! O Jackson disse-me que já o encurtara duas vezes e não lhe
podia tirara nem mais uma palavra…
- Com estamos nós de dactilógrafas, Della? – perguntou o advogado a
sorrir.
- Stella está em casa com gripe, e Anne encontra-se positivamente
submersa num alude de trabalho.
- Nesse caso temos de arranjar uma dactilógrafa de fora, pois o
recurso tem de estar pronto amanhã, para o copiador.
- está bem. Telefonarei à agência e pedirei que mandei imediatamente
uma dactilógrafa.
- Entretanto, Della, darei uma nova vista de olhos a esta história, para ver se lhe posso tirar mais quatro ou cinco páginas. Os recursos não devem ser escritos para impressionar o cliente. Devem ser concisos e, sobretudo, quem os redige deve fazê-lo de maneira que o juiz tenha uma ideia clara dos factos da causa, antes de haver qualquer argumento acerca da lei. Os juízes conhecem as leis… ou, se não conhecem, têm empregados que as podem consultar por eles.
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