Elas Estiveram nas Prisões do Fascismo
Colaborações diversas
Capa: fotografia
prisional de Albina Fernandes que na PIDE recusou
ser separada do seu filho no
momento da fotografia.
Colecção Páginas de Memória
nº 5
Edição da União de Resistentes Antifascistas Portugueses, Lisboa Fevereiro de 2022
Na sequência de uma luta dos presos de Caxias reclamando o internamento
hospitalar dado o seu estado de saúde, Georgete Ferreira encontrava-se no
Hospital dos Capuchos quando fugiu em 4 de Outubro de 1950. Aqui reparou que um
laboratório onde ia fazer análises tinha uma porta que dava directamente para a
rua. Pediu então à família que lhe levasse roupa que escondeu. Na referida data
em que tinha de se deslocar ao laboratório vestiu a roupa por debaixo do robe.
Contou com a cumplicidade de um médico que lhe facilitou a ida a uma casa de
banho onde abandonou o robe e mudou o penteado. Na rua aguardava-a um carro
pois a fuga tinha sido articulada com a Direcção do PCP.
Georgete Ferreira, natural de Vila Franca de Xira, costureira,
funcionária clandestina do Partido Comunista Português, foi membro do seu
Comité Central e foi presa em 1949 e 1954, tendo estado cinco anos na prisão de
Caxias.
2 comentários:
Apesar de tudo, a luta destas corajosas pessoas (homens e mulheres) não foi em vão, apesar de totalmente esquecidas para não dizer desprezadas e, pior ainda, às vezes até ultrajadas.
Um completo acordo com as suas palavras, principalmente com as que termina o comentário: «... para não dizer desprezadas e, pior ainda, às vezes até ultrajadas.»
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