Nem por abandonadas se calavam
As harpas dos salgueiros penduradas.
Se os dedos dos Hebreus as não tocavam,
O vento de Sião, nas cordas tensas,
A música da lembrança repetia.
Mas nesta Babilónia em que vivemos,
Na memória Sião e no futuro,
Até o vento calou a melodia.
Tão rasos consentimos nos pusessem,
Mais do que os corpos, as almas e as vontades,
Que nem sentimos já o ferro duro,
Se do que fomos nos deixam as vaidades.
Têm os povos os fados que merecem.
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