À força de nos quererem de boa saúde, tudo fazem para nos tirarem os vícios e sem os quais a vida seria uma chatice.
Jules Romains, citado por Manuel António Pina, dizia que a saúde é um estado
precário que não augura nada de bom.
Tiram-nos o sal do pão - menos um grama de sal por dia salvaria 2649 vidas por
anos, se fossem quatro gramas chegaríamos às sete mil, dizem os higienistas -
cortam nas chouriças e no açúcar – já houve quem reclamasse uma lei que obrigue
a que os pacotes de açúcar servidos nos cafés com a "bica", não
tenham mais de 6 gramas, isto para combater a diabetes, a obesidade, as doenças
cardiovasculares e cerebrovasculares - impedem-nos de cigarrar após a refeição
num qualquer restaurante, o que considera uma intromissão intolerável na
liberdade dos cidadãos.
Querem dar-nos cabo da vida, é o que é.
A procura da raça pura, de pessoas imaculadas, a tentativa desesperada para
morrermos cheios de saúde e ele não sabe que puto de piada tem o morrer cheio
de saúde.
Cada um deve viver a vida como muito bem entenda, dizia a minha avó, uma
analfabeta repleta de sabedoria filosófica.
Deixem-no, pois, continuar a frequentar tudo o que o transporte aos “musts” do
perfeito colesterol.
Chamem-lhe o que bem entenderem.
A idade deu-lhe a imunidade de com isso se preocupar… zero!!!
Legenda a imagem que encima o texto, é uma cortesia de Mr. Ié-Ié.
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