Eça de Queirós: Uma Estética da Ironia
Mário Sacramento
Coimbra Editora, Coimbra 1945
Assim
o jovem Eça de Queirós que, pelo verão de 1866, abandona Coimbra e se instala
em Lisboa, traz consigo, embrionários, quási todos os elementos da personalidade que virá a possuir. Lisboa
vai ser apenas a estufa das germinações, o cadinho em que se realizarão as suas
reacções anímicas. Em Coimbra conhecera os contemporâneos que mais profunda
influência exercerão no seu espírito; em Coimbra realizara aas leituras que
nele mais profundamente agirão; por lá se iniciara na Arte e balbuciara a
Política. Bem se compreende, portanto, aquela frase do Ega de Os Maias: «- É curioso. Só vivi cinco anos nesta
Coimbra e é nela que parece estar metida a minha vida inteira.»
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