E é como se no monte a morte pesasse mais. Aqui, as mortes pesam mesmo mais (e já foram muitas). Não porque a dor de quem fica seja maior ou menor. Antes porque à perda há ainda que somar as casas que vão ficando para trás silenciosas e vazias, sobras destinadas ao olvido, sem que nenhum choro de criança chegue para apaziguar as memórias de quem se foi embora para sempre.
Ana Cristina Leonardo de uma crónica no Público
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