1.
A União Europeia pediu este domingo que
seja permitida a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza "sem
obstáculos", incluindo combustível e recursos para a proteção da população
afetada pelos bombardeamentos israelitas.
2.
Benjamin Netanyahu criticou este domingo os responsáveis pela segurança do seu país por terem subestimado
os riscos de um grande ataque do Hamas, numa mensagem escrita na rede social X
que depois apagou e o levou a pedir desculpa.
3.
O exército israelita aumentou o número
das suas tropas na Faixa de Gaza, onde estão a ocorrer confrontos com o grupo
islamita palestiniano Hamas, anunciou o porta-voz militar de Israel.
4.
O secretário-geral das Nações Unidas,
António Guterres, mostrou-se este domingo alarmado com a situação "cada
vez mais desesperada" na Faixa de Gaza, lamentando que Israel tenha
"intensificado as suas operações militares" na região.
5.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados
Palestinianos afirmou que milhares de pessoas invadiram os seus armazéns em
Gaza para levar alimentos e outros artigos essenciais, divulgou hoje a agência
de notícias Associated Press. Thomas White, diretor da agência da ONU em Gaza,
disse este domingo que a invasão foi "um sinal preocupante de que a
ordem civil está a começar a colapsar", após três semanas de guerra entre
Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.
6.
Benjamin
Netanyahu, alertou que a guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas
na Faixa de Gaza será "longa e difícil", mas o exército
"destruirá o inimigo na terra e no subsolo".
7.
O exército israelita avisou este sábado
que considera a cidade de Gaza e a região circundante como um "campo de
batalha" e ordenou aos residentes que "partam imediatamente"
para o sul, através do rio Wadi Gaza. O secretário da Defesa dos Estados
Unidos, Lloyd Austin, pediu ao ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, que
considere a proteção dos civis em Gaza, instando-o a permitir que a ajuda
humanitária entre na faixa.
8.
«A Europa, no centro dos furacões ucraniano e palestiniano, parece vítima de sonambulismo. A vulgaridade da sua elite, sem coragem para olhar de frente a imensa tragédia que nos ameaça a todos, só não envergonha quem nem sabe o que a vergonha é.»
Viriato Soromenho Marques no Diário de Notícias
9.
“Nestes
dias angustiosos, a tarefa de Israel é muito mais difícil e muito mais
perigosa: destruir um inimigo cobarde, cruel, difuso e insensível ao sofrimento
das pessoas”
Manuel
Carvalho no Público 21.10.2023
«Da série de adjectivos utilizados neste excerto para caracterizar o inimigo de
Israel, parece-me que um deles, “cobarde”, merece o comentário crítico que
Susan Sontag fez num artigo que escreveu para a revista New Yorker logo
a seguir ao 11 de Setembro: “Pode-se dizer muita coisa dos autores do massacre
de terça-feira, 11 de Setembro, mas não que eles foram cobardes”. Com esta
afirmação, Sontag não quis desculpabilizar os terroristas que
lançaram os aviões contra as Torres Gémeas nem colocá-los do lado da coragem
maléfica no mais alto grau. Quis apenas dizer que não devemos abandonar os
nossos deveres para com a linguagem, mesmo perante situações extremas em que
proferimos palavras com ímpeto guerreiro, para que elas não nos sejam
devolvidas como corpo inertes ou armas degradadas.»
Texto retirado de uma crónica de António Guerreiro no Ipsilon do Público.
Sem comentários:
Enviar um comentário