Canção da Estrada Larga
Walt Whitman
Tradução: Luís Cardim
Seara Nova, Lisboa, 1947
A
pé de alma descuidosa vou tomar pela estrada larga:
sadio,
independente, com o mundo inteiro deante de mim,
com
o longo brilho alvacento deante de mim, levando-me onde quere que eu sonhe.
Doravante
não peço mais boa-sorte, eu próprio serei a boa-sorte,
doravante
deixo-me de lamentos, de dilações, não precisos de coisa alguma,
não
amis labutas, à porta cerrada, bibliotecas, críticas, plangentes,
forte
e animosos, vou viajar pela estrada larga.
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