quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

TRUMPALHADAS


1.

Com o habitual espectáculo mediático, assistência em redor da mesa, o tirar a tampa da caneta, Donald Trump prossegue a assinatura de decretos que visam cumprir as promessas eleitorais.

Assinou ontem o decreto executivo a autorizar o início da construção do muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México para impedir a imigração ilegal. Ao mesmo tempo, assinou outro decreto que ordena o reforço de medidas de segurança na fronteira entre os dois países, aumentando o número de agentes na região, a expansão de centros de detenção, alguns a serem geridos por entidades privadas, e a suspensão da transferência de verbas federais para as cidades santuárias.

E voltou a garantir que o México irá pagar a construção do muro a 100%.

O Presidente Enrique Peña Nieto voltou a dizer que é contra qualquer tipo de muros e já cancelou o encontro que estava agendado para aproxima semana com o presidente dos Estados Unidos

2.

Donald Trump, em entrevista televisiva garantiu, que, tendo perguntado aos  líderes dos serviços de inteligência americanos se a tortura funciona para responder ao terrorismo, recebeu como resposta:

 Absolutamente!

Segundo as últimas informações avançadas pela imprensa, Trump estará mesmo a preparar-se para assinar uma ordem executiva que permitiria restabelecer os centros de detenção clandestina da CIA, conhecidos como black sites (lugares negros), instituídos após o 11 de setembro de 2001. Nestes centros, não se aplicavam as limitações aos interrogatórios coercivos previstas no manual do exército norte-americano, cujo objetivo é assegurar o cumprimento das Convenções de Genebra, base do direito humanitário internacional.

John McCain, senador republicano que foi vítima de tortura e é co-autor de uma lei que entrou em vigor em 2015, que impede as agências de segurança norte-americanas de recorrerem a técnicas de interrogação para além das previstas no manual do exército, já veio dizer que Trump poderá assinar os decretos que quiser, mas não vamos trazer de volta a tortura aos Estados Unidos.



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