1.
Com o habitual
espectáculo mediático, assistência em redor da mesa, o tirar a tampa da caneta,
Donald Trump prossegue a assinatura de decretos que visam cumprir as promessas
eleitorais.
Assinou ontem o
decreto executivo a autorizar o início da construção do muro na fronteira entre
os Estados Unidos e o México para impedir a imigração ilegal. Ao mesmo tempo,
assinou outro decreto que ordena o reforço de medidas de segurança na fronteira
entre os dois países, aumentando o número de agentes na região, a expansão de
centros de detenção, alguns a serem geridos por entidades privadas, e a
suspensão da transferência de verbas federais para as cidades santuárias.
E voltou a
garantir que o México irá pagar a construção do muro a 100%.
O Presidente
Enrique Peña Nieto voltou a dizer que é contra qualquer tipo de muros e já
cancelou o encontro que estava agendado para aproxima semana com o presidente
dos Estados Unidos
2.
Donald Trump, em
entrevista televisiva garantiu, que, tendo perguntado aos líderes dos serviços de inteligência
americanos se a tortura funciona para responder ao terrorismo, recebeu como
resposta:
Absolutamente!
Segundo as
últimas informações avançadas pela imprensa, Trump estará mesmo a preparar-se
para assinar uma ordem executiva que permitiria restabelecer os centros de
detenção clandestina da CIA, conhecidos como black sites (lugares
negros), instituídos após o 11 de setembro de 2001. Nestes centros, não se
aplicavam as limitações aos interrogatórios coercivos previstas no manual do
exército norte-americano, cujo objetivo é assegurar o cumprimento das
Convenções de Genebra, base do direito humanitário internacional.
John McCain,
senador republicano que foi vítima de tortura e é co-autor de uma lei que entrou
em vigor em 2015, que impede as agências de segurança norte-americanas de
recorrerem a técnicas de interrogação para além das previstas no manual do
exército, já veio dizer que Trump poderá assinar os decretos que quiser, mas não
vamos trazer de volta a tortura aos Estados Unidos.
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