Há capas irresistíveis.
Esta é uma
delas, encontrada na Loja do Nuno Potes.
Para quem não
saiba, ou tenha esquecido, a loja fica no 61 da Rua Carvalho Araújo, ao pé da
Alameda D. Afonso Henriques.
Mas não só pela
capa, acabei de trazer o single para casa.
Também pelo
Charlot e o que ele representa.
Em miúda, com
Charlot, aprendi a alegria.
Muitos anos mais
tarde, tudo o resto: alegrias com o rosto cheio de lágrimas.
Bengalin coco e bigode
e uma história p’ra contar.
Casaca e passo palhaço
um talento de pasmar.
Eis as armas deste herói
que tantos apaixonou.
O seu nome é Charlie Chaplin
conhecido por Charlot.
Um vagabundo
sempre elegante
passou no mundo
sempre emigrante
E viveu quimeras d’oiro
sofreu “Luzes da Ribalta”
foi o “Rei em Nova Iorque”
foi ditador e peralta.
Foi vadio, foi janota,
foi polícia, foi ladrão
foi gargalhada, foi lágrima,
foi vingança e foi perdão.
Um vagabundo
de calças largas
encheu de amor
horas amargas
Charlie Chaplin, Charlie Chaplin
que corres na tela muda
que te bates, que enterneces
e beijas sempre
a miúda.
Charlie Chaplin, Charlie Chaplin
botas velhas, bengalin
coco, bigode e casaca,
passo palhaço, arlequim,
polícia, vadio, ladrão
homem da rua, brigão,
apaixonado da vida
ue a tantos apaixonou:
tu, Charlot!
Interpretação:
Bric-à-Brac
Letra: Mário
Contumélias
Música: Manuel
José Soares
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