quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

OS CROMOS DO BOTECO


Há capas irresistíveis.
Esta é uma delas, encontrada na Loja do Nuno Potes.
Para quem não saiba, ou tenha esquecido, a loja fica no 61 da Rua Carvalho Araújo, ao pé da Alameda D. Afonso Henriques.
Mas não só pela capa, acabei de trazer o single para casa.
Também pelo Charlot e o que ele representa.
Em miúda, com Charlot, aprendi a alegria.
Muitos anos mais tarde, tudo o resto: alegrias com o rosto cheio de lágrimas.

Bengalin coco e bigode
e uma história p’ra contar.
Casaca e passo palhaço
um talento de pasmar.

Eis as armas deste herói
que tantos apaixonou.
O seu nome é Charlie Chaplin
conhecido por Charlot.

Um vagabundo
sempre elegante
passou no mundo
sempre emigrante

E viveu quimeras d’oiro
sofreu “Luzes da Ribalta”
foi o “Rei em Nova Iorque”
foi ditador e peralta.

Foi vadio, foi janota,
foi polícia, foi ladrão
foi gargalhada, foi lágrima,
foi vingança e foi perdão.

Um vagabundo
de calças largas
encheu de amor
horas amargas

Charlie Chaplin, Charlie Chaplin
que corres na tela muda
que te bates, que enterneces
 e beijas sempre a miúda.

Charlie Chaplin, Charlie Chaplin
botas velhas, bengalin
coco, bigode e casaca,
passo palhaço, arlequim,
polícia, vadio, ladrão
homem da rua, brigão,
apaixonado da vida
ue a tantos apaixonou:
tu, Charlot!

Interpretação: Bric-à-Brac
Letra: Mário Contumélias
Música: Manuel José Soares

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