1.
Donald Trump,
demitiu a procuradora-geral interina, Sally Yates, depois de esta ter dito aos
juristas do Departamento de Justiça para não cumprirem os requisitos da ordem
executiva presidencial que levou ao fecho das fronteiras dos EUA a cidadãos de
sete países de maioria muçulmana.
Este foi o
culminar de uma noite agitada em Washington D.C., depois de Sally Yates ter
dito que não estava «convencida» da legalidade da ordem executiva de Donald Trump.
Segundo o The New York Times, Sally Yates recebeu uma carta a informá-la da sua
demissão assinada por um dos funcionários do Presidente norte-americano. Pouco
depois, a Casa Branca emitiu um comunicado onde o assessor de imprensa, Sean
Spicer, escrevia: «A senhora Yates era uma escolha da administração de Obama
que é fraca em matéria de fronteiras e muito na imigração ilegal».
Da declaração escrita
de Sally Yates:
«Sou responsável por assegurar que as posições
que adotamos nos tribunais se mantêm consistentes com obrigação solene desta
instituição de procurar sempre a justiça [das decisões] e de defender o que é
certo. Neste momento, não estou convencida de que a defesa da ordem executiva
seja consistente com essas responsabilidades, nem estou convencida de que a
ordem executiva seja legal. Enquanto for procuradora-geral interina, o
Departamento de Justiça não apresentará argumentos a favor da ordem executiva,
a menos que me convençam de que é apropriado fazê-lo».
2.
Para se ter uma
ideia da gente que rodeia Trump atente-se que Kellyanne Conway, a conselheira
de Donald Trump, e antiga diretora de campanha do presidente dos Estados
Unidos, sugeriu que alguns dos jornalistas e comentadores que acompanharam as
presidenciais norte-americanas deveriam ser demitidos.
«Se isto fosse um negócio a sério e os órgãos
de comunicação social principais estivessem no setor privado em expansão, que
realmente gerasse dividendos, 20 por cento das pessoas tinham sido despedidas. Os jornalistas deviam
estar envergonhados. Nem uma pessoa de uma estação foi despedida, nenhum
comentador político que falou mal de Donald Trump foi demitido. Estão a
comentar todos os domingos, estão nos canais todos os dias. Onde está o
primeiro editor ou o primeiro blogger que vai ser despedido, que envergonharam
os títulos para onde escrevem? Nós sabemos os seus nomes. Sou demasiado educada
para os dizer. A eleição foi há três meses e ninguém foi despedido.»
3.
No Diário de
Notícias, de hoje, dois artigos de opinião sobre Donald Trump.
Um de Pedro
Tadeu, com o título: «A luta contra Trump, assim, não vai a lado algum»:
Outro de João
Pedro Henriques, com o título: «A vitória da política (infelizmente)»:
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