Ontem, pela
manhã, Ferreira Fernandes, na sua crónica no Diário de Notícias, desabafava:
Hoje, tenho a dizer, tão-só, que é um dia desgraçado.
Pouco faltava
para ouvir-nos o discurso nazi que Donald Trump vomitou na sua tomada de posse
como 45º Presidente dos Estados Unidos.
Confirmaram-se
os piores receios: Trump ameaça alterar os Estados Unidos e, por arrasto, o mundo
tal como ainda o conhecemos que, não é exemplar, mas sempre é um pouco melhor
do que aquilo que o trumpismo nos quer impor.
Um discurso tão
miserável que levou Barak Obama, numa atitude sem precedentes na história das
tomadas de posse de presidentes norte-americanos, a dizer que não estávamos
perante um ponto final ma história mas apenas, numa vírgula.
É necessária
vigilância para proteger os povos e os seus valores.
A cantora Cher
disse: Vivi sob a administração de 12 Presidentes e nunca pensei que ia
coincidir com este arrogante, acrescentando que o poder do povo é maior
do que o deste estúpido.
Por muitos
exercícios que se façam, é difícil antever o que se irá passar na América, mas
certamente será algo muito perigosos.
O Congresso, o
Supremo Tribunal, podem limitar os excessos de Trump mas ambos estão
controlados pelos republicanos e a maior parte dos seus elementos são gente não
oferece o mínimo de confiança.
Eu podia estar no meio da 5ª Avenida a alvejar pessoas
e, mesmo assim, não perderia votos,
disse Trump, em Janeiro no Iowa.
Trump nega os
valores da democracia, e tem a opinião que se o país tem armas nucleares são para
ser usadas, que o aquecimento global é uma treta, defende armas nas salas de
aulas, que se devem abandonar os doentes na rua se não tiverem dinheiro para
pagar um médico, e que quer impedir a entrada de pessoas no país só por que são
fiéis de uma outra religião.
A equipa governamental
escolhida por Trump é um verdadeiro gang onde se passeiam mafiosos, racistas e
xenófobos, muitos deles admiradores de Vladimir Putin.
Quem votou
Donald Trump pensa ter escolhido um presidente.
Saberão nos
próximos tempos, se é que nisso estão interessados, que escolheram um
aventureiro.
A demagogia, o
populismo, o nacionalismo, o autoritarismo, o ódio à cultura, a partir de
ontem, vegetará na Casa Branca.
Até quando?
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