sábado, 21 de janeiro de 2017

UM DIA DESGRAÇADO


Ontem, pela manhã, Ferreira Fernandes, na sua crónica no Diário de Notícias, desabafava:

Hoje, tenho a dizer, tão-só, que é um dia desgraçado.

Pouco faltava para ouvir-nos o discurso nazi que Donald Trump vomitou na sua tomada de posse como 45º Presidente dos Estados Unidos.

Confirmaram-se os piores receios: Trump ameaça alterar os Estados Unidos e, por arrasto, o mundo tal como ainda o conhecemos que, não é exemplar, mas sempre é um pouco melhor do que aquilo que o  trumpismo nos quer impor.

Um discurso tão miserável que levou Barak Obama, numa atitude sem precedentes na história das tomadas de posse de presidentes norte-americanos, a dizer que não estávamos perante um ponto final ma história mas apenas, numa vírgula.

É necessária vigilância para proteger os povos e os seus valores.

A cantora Cher disse: Vivi sob a administração de 12 Presidentes e nunca pensei que ia coincidir com este arrogante, acrescentando que o poder do povo é maior do que o deste estúpido.

Por muitos exercícios que se façam, é difícil antever o que se irá passar na América, mas certamente será algo muito perigosos.

O Congresso, o Supremo Tribunal, podem limitar os excessos de Trump mas ambos estão controlados pelos republicanos e a maior parte dos seus elementos são gente não oferece o mínimo de confiança.

Eu podia estar no meio da 5ª Avenida a alvejar pessoas e, mesmo assim, não perderia votos, disse Trump, em Janeiro no Iowa.

Trump nega os valores da democracia, e tem a opinião que se o país tem armas nucleares são para ser usadas, que o aquecimento global é uma treta, defende armas nas salas de aulas, que se devem abandonar os doentes na rua se não tiverem dinheiro para pagar um médico, e que quer impedir a entrada de pessoas no país só por que são fiéis de uma outra religião.

A equipa governamental escolhida por Trump é um verdadeiro gang onde se passeiam mafiosos, racistas e xenófobos, muitos deles admiradores de Vladimir Putin.

Quem votou Donald Trump pensa ter escolhido um presidente.

Saberão nos próximos tempos, se é que nisso estão interessados, que escolheram um aventureiro.
A demagogia, o populismo, o nacionalismo, o autoritarismo, o ódio à cultura, a partir de ontem, vegetará na Casa Branca.

Até quando?

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