O grito duma sereia no Tejo rasgou o véu azul da
manhã. Baltasar virou-se para as janelas e, com a face apoiada na mão esquerda,
ficou a olhá-las. As andorinhas cortavam o ar, explorando os beirais familiares.
Adivinhava-se o primeiro espreguiçamento da Primavera no ar quase tépido, e ao
fundo, para lá do casario apinhado, a toalha do rio desdobrada ao sol.
José Rodrigues Miguéis
em Idealista no Mundo Real
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