Paris É Uma Festa
Ernest Hemingway
Tradução: Virgínia
Motta
Capa: Infante do
Carmo
Colecção Dois
Mundos nº 90
Livros do Brasil,
Lisboa s/d
Assim terminou a primeira parte da minha existência em
Paris. Paris nunca mais voltou a ser a mesma cidade, embora continuasse a ser
Paris. Nós mudáramos, tal como a cidade. Nunca mais voltámos ao Voralberg e o
mesmo se verificou com a gente rica.
Paris é imortal e as recordações das pessoas que lá
vivem diferem de umas para as outras. Acabamos sempre por voltar, sejamos nós
quem formos, ou mude Paris no que mudar, ou sejam as dificuldades ou as
facilidades que, ao regressarmos, se nos deparem. Paris vale sempre a pena,
pois somos sempre compensados de tudo o que lhe tivermos dado. Mas Paris era
assim nos velhos tempos em que nós éramos muito pobres e muito felizes.
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