quarta-feira, 25 de abril de 2018

OLHAR AS CAPAS


O Dia da Liberdade

Coordenação: Pedro Lauret
Verso da História, Vila do Conde, Abril de 2015

Era uma dança de fantasmas, um jogo de sombras, um epílogo patético para um poder que se transformara na sua aparência. Nem Marcelo Caetano, nem os seus generais mandavam já nas Forças Armadas. Para dizer a verdade, Spínola também não. A conspiração dos capitães fizera da hierarquia uma cabeça sem corpo e ia evidenciar que a tropa era ao MFA que obedecia.
A 16 de março, reagindo intempestivamente ao saneamento dos faltosos à Brigada do Reumático, foi a precipitação. Nem assim o regime conseguiu impedir ou desarticular o inexorável. A 25 de Abril foi a precisão. A falência da transição dava lugar à rotura militar e à revolução.

De um texto de Fernando Rosas.

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