O Dia da Liberdade
Coordenação: Pedro
Lauret
Verso da História,
Vila do Conde, Abril de 2015
Era uma dança de fantasmas, um jogo de sombras, um epílogo patético
para um poder que se transformara na sua aparência. Nem Marcelo Caetano, nem os
seus generais mandavam já nas Forças Armadas. Para dizer a verdade, Spínola
também não. A conspiração dos capitães fizera da hierarquia uma cabeça sem
corpo e ia evidenciar que a tropa era ao MFA que obedecia.
A 16 de março, reagindo intempestivamente ao saneamento dos faltosos à
Brigada do Reumático, foi a precipitação. Nem assim o regime conseguiu impedir
ou desarticular o inexorável. A 25 de Abril foi a precisão. A falência da
transição dava lugar à rotura militar e à revolução.
De um texto de
Fernando Rosas.
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