Uma mulher de carne azul,
semeadora de luas e de transes,
atravessou o vidro
e veio, voadora,
sentar-se ao meu colo
na nudez reclinada
dum desdém de espelhos.
(Mas que bom! Ninguém suspeita
que levo uma mulher nua nos joelhos.)
José Gomes Ferreira
de Eléctrico em Poesia III
2 comentários:
Ó Sammy, e que bela fotografia! Poderia muito bem ser do Luís Eme.
O Luís Eme faria muitíssimo melhor.
Hélas.
Gosto do eléctrico 28. Tive tempos em que me coloquei em diversas esquinas do trajecto para tirar fotografias. Gosto do poema do José Gomes Ferreira que só poderia ser ilustrado com uma fotografia do «28».
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