Não lembra porque não
colocou a data neste velho recorte.
Sabe que pertence ao Diário
de Lisboa, possivelmente tirado do suplemento A Mosca, talvez
um texto do João Paulo Guerra, nunca teve certezas sobre nada,
talvez um exagero, mas enfim…
De certeza sabe que
esperávamos por um tempo novo mas sem muitos contornos desses tempos por
chegar, apenas uns murmúrios trocados entre um café ou uma cerveja, muitos
silêncios…
Esperávamos pela
Primavera, vinda não se sabe de onde, trazida por alguém, não muito claramente
se sabia desse alguém, ou desses alguéns.
O Mário Castrim dizia
sempre que mais importante que a Primavera, era estarmos à espera dela.
Faltavam alguns dias,
algumas semanas, alguns meses para um Abril… e ficava a importância do que então
não se dizia...
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