Agora mesmo, por exemplo, abri a janela e olhei
para o céu.
Lá estava a Lua, a tonta! A Lua bolorenta que
ninguém estoira com dinamite ou atravessa com flechas. A Lua redonda.
Fechei a janela com furor.
E sentei-me à mesa a desenhar uma paisagem nocturna, saudosamente iluminada por uma lua quadrada.
José Gomes
Ferreira em Imitação dos Dias
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