Em Novembro de
1975, o Conselho de Administração da Lisnave convocava uma Assembleia Geral
Extraordinária.
Também um filme, Segundas ao Sol, de Fernando Léon Aranoa, que toma como ponto de partida um despedimento colectivo ocorrido nos estaleiros de Gijón no principio da década de 90 e conta a história de um grupo de desempregados desse estaleiro naval, que fechou as portas porque os donos procuraram, algures num qualquer paraíso de mão-de-obra barata do Pacifico, quem lhe reparasse e construísse os barcos a menor preço, um filme sobre a amizade, a solidariedade sem falsos sentimentalismos, trabalhadores desempregados ligados entre si, como diz um dos personagens, «como siameses: um cai, o outro ri-se, antes de perceber que caíu também», que retrata a amargura muda, o desespero, quando a vida se torna assim: diariamente, de casa para a tasca, da tasca para casa, pelo meio segundas ao sol para sonhar sonhos, absurdos que sejam.
«A questão não está se nós acreditamos em Deus. A questão é se Deus acredita em nós. Em mim, estou certo que Ele não acredita.», diz um dos personagens.
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