O Enigma das Cartas
Anónimas
Agatha Christie
Tradução: Maria do Carmo Pizarro
Capa: Lima de Freitas
Colecção Vampiro nº 320
Livros do Brasil, Lisboa s/d
Tenho recordado
muitas vezes a manhã em que recebemos a primeira carta anónima.
Chegou quando
tomávamos o pequeno-almoço e abria-a com o modo ociosos de alguém para quem o
tempo passa devagar e deve fazer render ao máximo cada acontecimento. Reparei
que era uma carta local com o endereço escrito à máquina. Abri-a primeiro que
as outras duas, ambas com o carimbo postal de Londres, por uma delas ser, sem
sombra de dúvida, uma conta, e, na outra, ter reconhecido a letra de uma das
minhas maçadoras primas.
Agora parece estranho recordar que Joana e eu ficámos mais divertidos com a carta do que com outra coisa qualquer. Nessa altura, não tínhamos a mínima suspeita do que estava para vir – uma senda de sangue e violência, de suspeita e medo.
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