Nem palavras. Nem
medos. Nem serenas
pálpebras descidas
sobre o sonho.
Apenas a tua mão na
minha. E o rumor
da música do cego,
àquela esquina.
Amo-te. E depois? A
vida escorre
pelas paredes da
prisão-país. Morrem poetas.
Máquinas rodam no
silêncio. Esperas
acontecem, de
súbito, violentas.
Como menino a quem
foi dado o nome
sem mistério de
seus pais,
olho sobre o teu
corpo a ondulação da música
e anseio as tuas
coxas reveladas.
Daniel Filipe
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