Um assunto para ser
tratado com pinças e,mesmo assim, como lembra Saramago em Abaladas Espingardas, há que
ter o cuidado de as pinças estarem desinfectadas.
Pode-se não concordar
com as ideias, a política, o que quer que seja, do Partido Comunista Português
mas esta capa do Público de 17 de abril, é simplesmente miserável.
Não há nada, mas
mesmo nada, que permita perceber o que a direcção do jornal, quis com esta
capa.
Outro motivo não
existe senão o achincalhamento do Partido.
Os biltres que
poiaram esta capa, desconhecem que ideias, sejam elas quais forem, se combatem
com palavras.
O poeta Manuel
Gusmão:
«Ser comunista, hoje, é lutar contra a injustiça social; é acreditar no
fim do Estado; é querer o fim da luta de classes; é acreditar na igualdade
entre todos; é querer o fim da exploração da humanidade; é acabar com a propriedade.
Marx, para alguns, ainda está vivo, até nas universidades americanas. Mas 90
anos depois, nada disto pode ser separado da democracia. Porque não se pode ver
a floresta sem se ver as árvores, todas e cada uma.»
Ou José Saramago, num
velho dia, a responder à jornalista brasileira Marília Gabriela, espantada pela
sua fidelidade ao Partido:
«Não há outra coisa!...»
1 comentário:
Então mas afinal voltámos ao:
-se não és por mim (Zelensky) és contra mim?-
Que jornalismo é este?
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