quarta-feira, 20 de abril de 2022

NOTÍCIAS DO CIRCO

Um assunto para ser tratado com pinças e,mesmo assim, como lembra Saramago em Abaladas Espingardas,  há que ter o cuidado de as pinças estarem desinfectadas.

Pode-se não concordar com as ideias, a política, o que quer que seja, do Partido Comunista Português mas esta capa do Público de 17 de abril, é simplesmente miserável.

Não há nada, mas mesmo nada, que permita perceber o que a direcção do jornal, quis com esta capa.

Outro motivo não existe senão o achincalhamento do Partido.

Os biltres que poiaram esta capa, desconhecem que ideias, sejam elas quais forem, se combatem com palavras.

O poeta Manuel Gusmão:

«Ser comunista, hoje, é lutar contra a injustiça social; é acreditar no fim do Estado; é querer o fim da luta de classes; é acreditar na igualdade entre todos; é querer o fim da exploração da humanidade; é acabar com a propriedade. Marx, para alguns, ainda está vivo, até nas universidades americanas. Mas 90 anos depois, nada disto pode ser separado da democracia. Porque não se pode ver a floresta sem se ver as árvores, todas e cada uma.»

Ou José Saramago, num velho dia, a responder à jornalista brasileira Marília Gabriela, espantada pela sua fidelidade ao Partido:

«Não há outra coisa!...»

1 comentário:

Seve disse...

Então mas afinal voltámos ao:

-se não és por mim (Zelensky) és contra mim?-

Que jornalismo é este?