Dito já que começaram as iniciativas que visam registar o centenário do nascimento de José Saramago, acrescenta-se que irei pegando num qualquer livro de José Saramago e copiarei dele uma frase, um parágrafo, aquilo que constituim os milhares de sublinhados que, ao longo dos muitos anos de leituras, invadiram os livros de José Saramago que habitam a Biblioteca da Casa.
Esse abominável crime de Putin, a
hiena asquerosa, levou a que os Sublinhado
Saramaguianos, não tenham marcado presença por aqui.
Regressam com uma passagem pelos Poemas
Possíveis, o meu primeiro livro de Saramago:
O sublinhado de hoje é o poema «Não Me Peçam Razões», pág. 118 da 1º Edição:
Não me peçam
razões, que não as tenho,
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, nascem todas
Da mansa hipocrisia que aprendemos.
Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.
Não me peçam razões,
ou sombra delas,
Deste gosto de amar e destruir:
Nos excessos do ser é que amanhece
A cor da Primavera que há-de vir.
Sem comentários:
Enviar um comentário