Por estes dias iremos
lembrar os «EPs» e os «LPs» do Adriano Correiade Oliveira que existem aqui pela
Biblioteca da Casa.
Comecemos pelos EPs
e, inevitavelmente, com aquele que contém a Trova
do Vento Que Passa.
Disco publicado em
1963e que contém:
Trova do Vento Que Passa
Poema de Manuel
Alegre, Música de Adriano Correia de Oliveira
Pensamento
Poema de Manuel
Alegre, Música de Adriano Correia de Oliveira
Capa Negra, Rosa Negra
Poema de Manuel
Alegre, Música de Adriano Correia de Oliveira
Trova do Amor Lusíada
Poema de Manuel
Alegre, Música de Adriano Correia de Oliveira
Nas músicas, Adriano
Correai de Oliveira contou com a ajuda de António Portugal, cunhado de Manuel
Alegre.
Os acompanhamentos
são de António Portugal (guitarra) e Rui Pato (viola).
Diga-se desde já, que
as capas dos discos do Adriano são muito felizes.
Por desleixo, ou
outro motivo qualquer, as editoras raramente colocavam os autores dessas capas,
bem como os autores das fotografias, bem como as datas em que os
discos foram gravados.
Este EP contém a Trova do Vento que Passa, a mais
conhecida canção de Adriano, cantada em coro nas quase clandestinas sessões de
canto livre, principalmente, na Margem Sul, antes de serem interrompidas pela
PIDE e pela GNR.
Fui a muitas dessas
sessões, os que queríamos que o vento que passava, nos desse notícias dum país
amordaçado, mas o vento calava a desgraça, o vento nada dizia, mas a voz única
de Adriano, levantava-se e gritava que há sempre alguém que resiste, alguém que
diz não.
Recordamos hoje uma outra lindíssima canção de Adriano. Pensamento. pensamento que partiu no vento, podem prendê-lo matá-lo não, o pensamento dos homens que foram vagabundos, contrabandistas, marinheiros, prisioneiros, mas servos não.
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