sábado, 4 de novembro de 2023

DE S. BENTO AO ALTO MINHO


Terá António Oliveira Salazar se perdido de amores com a francesa Christine Garnier, jornalista francesa que veio a Portugal para entrevistar Salazar, passeando-se por São Bento e pela casa do Vimieiro?

 O pide Rosa Casaco, que fez as fotografias para o livro «Férias Com Salazar», numa entrevista de José Pedro Castanheira, publicada no Expresso de 21 de Fevereiro de 1998, admite que sim.

Perguntado sobre as propaladas relações de Salazar com Dona Maria, declara que isso não passa de uma infâmia. Salazar nunca desceria tão baixo, não se rebaixaria a ir para a cama com uma criada. As relações deles eram as de patrão e criada. Ele era um aristocrata, íntegro em tudo. As relações deles eram as de patrão e criada».

Maria do Céu Ricardo, que escreveu a peça em 1 acto, dividido em três cenas, Salazar, Deus, Pátria, Maria, deixa, no decorrer da peça, largos desabafos de Dona Maria:

«Sou para aqui uma coisa, Maria para isto, Maria para aquilo…, passei a vida a servi-lo, sempre à espera, sempre na sombra a apaparica-lo. Sempre a pensar que talvez um dia, quem sabe, ele olhasse para mim para me ver… Não para me dar ordens, olhasse para mim como ele olha outras mulheres, com outra delicadeza no olhar…»

(…)

»A francesa!... Cá está outro romance que esfriou. Hoje ele diz que ela era muito agitada para o seu gosto, «um vendaval de simpatia e uma desordem perfumada. Isso é o que ele diz hoje. Ela também se enervava cada vez mais com Lisboa e les gens… Sabe que nunca gostaram dela em Portugal. O povo, as mulheres, as madames de cá, não lhe perdoaram as intimidades. Andam todas à volta dele, como borboletas e depois julgam que são as únicas. Todas são únicas enquanto duram. Só eu é que sou a única de todos os dias, a que lhe atura as madurezas.»

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