quinta-feira, 16 de novembro de 2023

NOTÍCIAS DO CIRCO

Portugal é um enorme buraco e não se consegue vislumbrar qualquer ponta de retorno que permita que nos tornemos um país, minimamente decente.

Para além de outras coisas, péssimas coisas, Ricardo Araújo Pereira põe um dos dedos nas muitas feridas que nos rodeiam:

«Portugal abusa na bandalheira e André Ventura ganha com este lamaçal. Isso é imperdoável.»

1.

António Costa é um dos políticos mais experientes do círculo português mas custa a crer como se rodeou de ministros e colaboradores que deixam, em todos os sentidos, muito a desejar.

Por causa do ministro João Galamba arranjou uma guerra tão estutúpida, como inútil, com o Presidente da República que sempre entendeu que Galamba não tinha condições para ser ministro e António Costa insistiu em mantê-lo.

Agora o ministro das Infraestruturas apresentou um pedido de demissão do cargo ao primeiro-ministro. Na última sexta-feira, na Assembleia da República, o governante tinha afastado este cenário, mas justifica agora a decisão como a "única possível" para assegurar à família a "tranquilidade e discrição a que inequivocamente têm direito", isto apesar de entender que "não estavam esgotadas as condições políticas de que dispunha" para exercer funções.

 «O trabalho feito, os seus bons resultados e o desempenho das minhas funções com absoluto respeito pela lei e com total dedicação ao País e aos portugueses são, em meu entendimento, as condições políticas necessárias para o desempenho de funções governativas", defendeu, num comunicado em que alerta também que esta demissão "não constitui uma assunção de responsabilidades quanto ao que pertence à esfera da Justiça e com esta não se confunde".»

António Costa acumulará o cargo de ministro das Infraestruturas.

 2.

 Tão cedo não iremos saber o que se passou com Mário Centeno, António Costa e Marcelo rebelo de Sousa. Apenas ressalta que é um péssimo número que nos deixa no meio da risota do circo, nacional, europeu, talvez mundial.

 3.

O jornalista Pedro Tadeu perguntava, ontem, no Diário de Notícias se podemos confiar no Ministério Público:

«A pergunta que deixo é esta: Não podendo, nem devendo, a política meter-se no trabalho da Justiça, que penalizações a própria Justiça aplicou aos responsáveis por erros, omissões, incompetências, demoras, desleixos, teimosias e atropelos ao bom senso que, como é evidente, sempre que um caso é mediático, sistematicamente os investigadores judiciais cometem?... Que fizeram sobre isso, por exemplo, o Conselho Superior do Ministério Público ou o Conselho Superior da Magistratura?

E já nem falo das violações de segredo de justiça que, em todos estas situações, aconteceram e que arruinaram a reputação pública de alguns inocentes.

Se o Ministério Público quer que confiemos nele, tem de fazer Justiça a si próprio.»

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