Qual? Serão círculos concêntricos ou espirais sustidas no corte que impede a tentação do infinito? – Trabalhadas à mão reverente naquela estrada miraculosa da inteligência/sensibilidade até à execução do visível? Há sempre uma interrupção, uma paragem (aleatória) do olhar na linha subtil de um rosto perplexo, qual rosa solta de si, voltada para o nosso lado de interlocutor, inventado o mundo maravilhoso da sobrevivência ao tempo do êxtase - Pedaços de epopeias, dos cantos dos grandes livros intemporais, mas que marcam os ciclos da nossa paixão. – Singular de cada plural enganosamente referido.
Como escolher o mais, o mais inquietante, o melhor, o mais próximo, o mais doloroso? À sorte aponta-se um, vários, todos. Sem certezas nem porquês.
Marta Cristina de Araújo
Outubro de 2006
Do catálogo da exposição Vórtice de Paulo Neves
Legenda: Desenho a tinta da china de Paulo Neves
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