Os anos da minha juventude, a minha vida de prazer –
que claramente vejo
agora o seu sentido.
Que inúteis
remorsos, que estéreis…
Mas não via o
sentido nessa altura.
Em meio à minha
dissoluta vida jovem
ia tomando forma a
minha poesia,
ia-se desenhando o
contorno da minha arte.
Por isso nunca
houve firmes arrependimentos.
E as decisões de me
dominar, de mudar
duravam duas
semanas se tanto.
Konstantinos Kaváfis, tradução de Manuel Resende,
poema copiado do livro Lisboa Cliché de Daniel Blaufuks
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