UM CORPO COM OS OMBROS DO TRABALHO
De que terra é este homem? De que serra veio? De que vales fez caminho para chegar a Lisboa?
Carregador de
grades, que, de madrugada, vão cheias e às costas, para o mercado, e que, na
quebra da tarde, vão vazias, mas ainda às suas costas, para a camioneta de
carga, ele, será sempre e até à segunda geração, um corpo que abriu, com os
ombros do trabalho, as portas da capital.
Como vive? Onde
mora? Que transportes usa? Que ruas percorre e conhece?
Haverá alguém,
neste desgoverno que temos, a pensar nele mais como «beneficiário» do que como
«contribuinte»?
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