Numa comunicação ao país na noite de ontem, depois de ouvir o Conselho de Estado e os representantes dos partidos, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu a falta de consenso sobre a solução para a crise. Se os partidos eram claramente favoráveis à antecipação de legislativas, o órgão consultivo expressou um empate e, portanto, não-favorável à dissolução.
As eleições ficaram
marcadas para o 10 de Março.
Na sua declaração ao país,
Marcelo lembra Marcelo descarta
Centeno, salva Orçamento e dá quatro meses ao PS.
De qualquer forma, Marcelo disse esperar que a Justiça, do caso do lítio, mais depressa do que devagar, permita
esclarecer o sucedido.
1.
O nome dado ao processo de investigação de António Costa e demais suspeitos, dá pelo nome de OPERAÇÃO INFLUENCER.
Muito, mas mesmo muito, há para ler sobre a demissão de
António Costa.
Assim de repente, o que espanta, é como António Costa um
político com larguíssima e variada experiência, teve conversas ao telemóvel, sobre
importantíssimos assuntos governamentais e ter-se rodeado de gente que não se
lava todos os dias.
2.
A certidão extraída do processo com vista à abertura de um inquérito autónomo sobre António Costa já foi remetida pela Procuradoria-Geral da República ao Ministério Público e conta com mais de 20 escutas telefónicas.
3.
O primeiro-ministro, António Costa assinou o despacho de exoneração de Vítor Escária de chefe de gabinete do primeiro-ministro.
4.
João Tiago Silveira, ex-secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, ex-secretário de Estado da Justiça no Governo de José Sócrates e atual sócio da firma de advogados Morais Leitão, também foi constituído arguido na investigação do caso do lítio.
5.
Vítor Escária, o chefe de gabinete do primeiro-ministro
que foi detido no âmbito do caso do lítio, é suspeito de ter pressionado pelo
menos oito entidades públicas para acelerar o megaprojeto de um centro de dados
em Sines.
A polícia, encontrou, no seu gabinete de S. Bento, 75.800
euros em dinheiro vivo.
Candidamente, o advogado de defesa de Escária, disse aos
jornalistas que esse dinheiro não está relacionado com o processo do lítio.
6.
Não se sabe como o País se irá safar de mais este
imbróglio em que os políticos, os escritórios de advogados, os homens da
justiça, toda uma junção de escroques, nos enfiaram.
As televisões enchem-se, a cada hora do dia, de
comentadores, a maior parte direitistas, que inventam cenários, contam
histórias.
Rui Tavares, deputado do Livre, a remar contra a maré:
«É mau para nossa democracia. Quer queiramos acreditar
na versão de corrupção ao mais alto nível do executivo, a poucos metros do
escritório do primeiro-ministro; quer queiramos acreditar na versão de um
Ministério Público que faz fuga de informações a conta gotas; quer queiramos
acreditar que há partidos oportunistas que se vão aproveitar de tudo isso para
minar a democracia. Para
salvar uma democracia, é preciso a cidadania inteira, é preciso que os grandes
projetos do nosso país sejam transparentes, rigorosos, e sejam
responsabilizados.»
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