Na sua crónica de hoje no Público, com o título: «Os barões da AD são retrógrados e machistas», CarmoAfonso escreveu:
«Fui educada numa família tradicional e conservadora. Recordo-me de me terem
dito: “Não existe nada mais triste do que uma mulher bêbeda.” E recordo-me de
pensar qual seria a razão para essa consideração de que uma mulher bêbeda seria
uma situação triste, mas um homem bêbedo não.»
O parágrafo levou-me para o
tempo dos meus 8 anos.
Minha avó materna vivia
numa vila de Lisboa, casas pequenas, com
deficientíssimas-condições-sanitárias-uma-família-vulgar-tradicional-
pobre-de-anos-50-sem-água-canalizada-sem-casa-de- banho-uma-série-de-lacunas-de-vida.
Uma das minhas primas,
gostava do seu copito, vivia com a avó.
Um dia chegou lá a mãe e,
mãos nas ancas, disse à prima:
«Ouve lá! Não há putas na família terá que haver bêbadas!...
Sem comentários:
Enviar um comentário