segunda-feira, 4 de março de 2024

NOTÍCIAS DO CIRCO

Na sua crónica de hoje no Público, com o título: «Os barões da AD são retrógrados e machistas», CarmoAfonso escreveu:

«Fui educada numa família tradicional e conservadora. Recordo-me de me terem dito: “Não existe nada mais triste do que uma mulher bêbeda.” E recordo-me de pensar qual seria a razão para essa consideração de que uma mulher bêbeda seria uma situação triste, mas um homem bêbedo não.»

O parágrafo levou-me para o tempo dos meus 8 anos.

Minha avó materna vivia numa vila de Lisboa, casas pequenas, com deficientíssimas-condições-sanitárias-uma-família-vulgar-tradicional- pobre-de-anos-50-sem-água-canalizada-sem-casa-de- banho-uma-série-de-lacunas-de-vida.

Uma das minhas primas, gostava do seu copito, vivia com a avó.

Um dia chegou lá a mãe e, mãos nas ancas, disse à prima:

«Ouve lá! Não há putas na família terá que haver bêbadas!... 

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