Cada ano lectivo que começa, traz-mos o espectáculo
miserável e degradante das praxes.
Este ano, foi distribuído, na Faculdade de Ciências da
Universidade do Porto, um panfleto nojento a que aquelas cabeças chamaram
Manual de Sobrevivência do Caloiro e onde se pode ler:
«O caloiro é
incondicionalmente servil, obediente e resignado. Não é um ser racional. A
espécie em questão não goza de qualquer direito, salvo o da existência (até por
vezes questionável). O caloiro é assexuado. Deve ser sempre moderado no uso da
palavra (zurra, grunhe, bale e relincha só quando lhe é dada permissão). Não é
permitido pensar, opinar, gesticular, buzinar, abanar as orelhas ou pôr-se em equilíbrio
nas patas anteriores.»
Isto não pode estar a acontecer sem que exista uma intervenção
da autoridade universitária e da polícia.
As praxes não podem ter lugar nas escolas e universidades, e se saltam para a rua terão que ser impedidas pela polícia.
Sim, isto é um caso de polícia!
Que raio de futuro está a ser construído com este tipo de
gente?!
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