Em tempo de ditadura, apesar de tudo, faziam-se coisas
muito interessantes.
Iniciativa do poeta e editor Egito Gonçalves que, para o
primeiro volume teve a colaboração de Manuel Alberto Valente, e para o segundo
a colaboração de Fiama Hasse Pais Brandão.
No primeiro volume publica-se uma espécie de prefácio a
que os autores chamaram «Alguma palavras
para dar uma ideia…» e em que dizem ao que vêm e falam sobretudo
de uma «amostragem» da poesia publicada em língua portuguesa, na Metrópole, no
ano a que se refere.
Não foi planeada exclusivamente como uma antologia de
poemas, mas sim como uma panorâmica.
Os poemas foram procurados em livros que se publicaram
durante esses anos, em suplementos literários e juvenis de jornais que se
publicavam nas cidades e na província.
Um trabalho interessante mas repleto de dificuldades,
problemas diversos e algumas rasteiras, próprias deste país de poetas, ou como
diziam algumas más-línguas, de escrevinhadores de versos.
Não tenho conhecimento que tivessem sido editados volumes
referentes a anos seguintes.
Alguns antologiados, de que foram retirados poemas aparecidos
em suplementos juvenis, alinham ao lado de nomes consagrados e alguns desses
novos autores vieram a realizar outros voos no panorama da poesia, e não só,
portuguesa.
Anos mais tarde, a editora Assírio &Alvim, editou
alguns volumes, a que chamou Resumo, também amostragens, do que se publicou
durante os anos de 2009 a 2013.
Desconheço se esses volumes tiveram posterior
continuação.
Os poemas foram escolhidos por José Alberto Oliveira,
José Tolentino Mendonça, Luís Miguel Queiroz, Manuel de Freitas (anos 2009,
2010 e 2013) e Armando Silva Carvalho, José Alberto Oliveira, Luís Miguel
Queirós, Manuel de Freitas (anos 2011 e 2012.
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