O recorte com o título de uma entrevista de Francisco
Vale ao Diário de Notícias não é tão
velho quanto isso: é de 9 de Agosto.
Velho, nem sequer encontrei a data do jornal, é este
recorte de um percurso que o quinzenário JL, um dia, fez de Francisco Vale.
A Relógio d’Água é uma das boas editoras portuguesas que
não estão metidas nos grandes grupos editoriais.
Francisco Vale é um homem dos livros que sabe muito bem
do que fala.
«A edição de livros
é por natureza uma indústria artesanal, descentralizada, improvisada e pessoal;
realizam-na melhor pequenos grupos de pessoas com ideias afins, consagrados à
sua rate, ciosas da sua autonomia, sensíveis às necessidades dos escritores e
aos diversos interesses dos leitores.»
Japson Epstein, co-fundador da The New York Review of Books, citado por Francisco Vale em Autores, Editores e Leitores.
Será polémica a opinião que tem sobre o
escritor-pivot-televisivo, mas tem a sua boa dose de razão.
Guilherme de Azevedo, editor da Gradiva, não gostou da opinião e respondeu a Francisco Vale nas
colunas do Diário de Notícias. Não
mostrou unhas para tocar tal guitarra – há damas difíceis de defender… – e enredou-se
em coisinhas marginais.
Francisco Vale respondeu-lhe mas teve o cuidado de avisar
os leitores:
«Nota final: à
medida que escrevi este texto, fui tendo a desagradável sensação de que não
pode ser esclarecedora a discussão com alguém em tão avançado estado de
megalomania como GV. Por isso não voltarei a responder-lhe, confiando na
inteligência dos leitores.»
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