Chegou ao fim a viagem, iniciada a 27 de Janeiro, por
algumas das cartas trocadas entre Eugénio de Andrade e Jorge de Sena.
Graças ao trabalho de sua mulher, Mécia de Sena, Jorge de
Sena será o escritor português que mais livros publicados tem da
correspondência que, ao longo da vida, trocou com os seus pares.
Será a Correspondência que Sena trocou
com Sophia de Mello Breyner Andresen que nos acompanhará por algumas semanas.
Jorge de Sena escrevia muitas cartas, mas Sophia, numa
sua carta a Sena, diz:
«Desculpe o longo
silêncio: você sabe que eu tenho a maior vocação para falar ao telefone e
nenhuma vocação para escrever cartas.»
Maria Andresen de Sousa Tavares, filha de Sophia,
sublinha, no prefácio ao livro desta Correspondência:
«… a importância da preservação e edição deste tipo de
escrita pois, como se sabe, quer o género epistolar, quer a forma de
comunicação por carta morreram.»
José Saramago insistia muito que a obra completa de um
escritor só estaria completa publicando-se a sua Correspondência, e
«realmente completa» quando se
publicar uma selecção das cartas dos seus leitores.
Sem comentários:
Enviar um comentário